Sua marca já caiu na rede?

Estar ou não nas redes sociais não é uma decisão que caiba a você ou a sua empresa. Vivemos hoje uma espécie de condução digital coercitiva. A discussão é “como” estar nas redes, com qual posicionamento e defendendo que tipo de valores.

 

Se você é daqueles empresários que acredita que a melhor estratégia de comunicação é ficar fora das redes sociais, vou te contar um segredo (#sqn): você já está lá! Querendo ou não, se posicionando ou não, a marca da sua empresa já existe digitalmente de alguma forma.  E o grande problema mora justamente aí: tem muita gente falando sobre você e sua marca, só que sem a sua permissão e sem te dar chances de defesa.

Por isso que comunicadores corporativos hoje são unânimes ao afirmar que é melhor você traçar uma estratégia digital – por mais discreta que possa ser a forma de começar – a deixar que outros o façam por você. E não tenha dúvida de que isso vai acontecer. Quer um exemplo? Uma grande empresa brasileira, centenária e relativamente conservadora na sua comunicação decidiu desde o advento do facebook passar bem longe das redes sociais. De cinco anos para cá mais de 200 perfis associados ao nome desta empresa já foram criados por funcionários, ex-funcionários, vizinhos, aposentados, fãs da marca, críticos dela, e por aí vai. Ou seja, há uma pequena multidão falando dessa marca na internet todos os dias, menos ela própria. Quando estudamos o caso de marcas ainda mais famosas ou populares – que não se enquadram no chamado b2b – o número de perfis não oficiais alcança patamares inacreditáveis.

A questão é que estar ou não nas redes sociais não é uma decisão que caiba a você ou à sua empresa. O que se deve discutir é “como” se quer estar lá, com qual mensagem, defendendo que tipo de valores. Quem não se posiciona, deixa para o outro essa atribuição. E em lugares de hiperconexão como Santa Catarina esse risco só cresce. Somos a capital mais conectada do país, onde mais de 80% da população utiliza internet de banda larga. E não é só Florianópolis. Outras cidades como São José, Camboriú e Blumenau figuram no ranking nacional entre as vinte cidades que possuem maior acesso à internet nas residências. É ou não para prestar atenção nesse poderoso canal de comunicação?

Cabe a você transformar o risco numa grande oportunidade de sua marca, melhorar a imagem da empresa e mesmo de alavancar vendas e negócios. Outro dado importante que nos convence a investir em rede social é que 80% dos brasileiros pesquisam um produto antes de efetuar a compra. Isso significa que você tem a oportunidade de influenciar a decisão de compra de uma pessoa exatamente na hora que ela está procurando pelo seu produto.

Isso é o chamado Inbound Marketing. É você preparado e munido de conteúdo para transformar uma pessoa em uma lead (prospecto de cliente), no exato momento que ela tem uma intenção de compra.

Importante lembrar também que fazer conteúdo relevante e que realmente interesse ao seu público não é tarefa para amadores. É preciso se cercar de profissionais especializados em comunicação e estratégia digital. Também é necessário produzir um conteúdo exclusivo, customizado, que estimule o interesse dos navegadores e frequentadores da sua timeline. Igualmente importante é propor uma ação de ativação e engajamento, sem isso o crescimento orgânico pode ser pífio. Por fim, tudo que se faz precisa ser medido. A análise de métricas, como se denomina nos meios digitais, é que vai apontar se a sua estratégia de comunicação está correta e o que efetivamente causa maior aderência: likes, compartilhamentos e comentários. Pronto para recomeçar?

 

Karin Verzbickas é jornalista, colunista e diretora na Fábrica de Comunicação. 

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