O que os empresários do setor de vestuário podem esperar para 2013

O Sistema de Inteligência Setorial (SIS), do Sebrae/SC, desenvolveu um relatório com projeções do setor. O Brasil apresenta boas oportunidades de crescimento, mas analistas defendem que isso só será possível com investimento

A fim de oferecer informações estratégicas do setor de vestuário aos empresários catarinenses, o Sistema de Inteligência Setorial (SIS), um projeto do Sebrae/SC, acaba de divulgar um relatório de análise com perspectivas do mercado interno e externo. Os analistas recomendam investimento no aumento da produtividade, que vai resultar em modernização de maquinários e sistemas, novos processos produtivos e mão de obra qualificada.

Enquanto a China apresenta uma perspectiva de redução no ritmo de crescimento em 2013, e a economia da Europa e dos Estados Unidos está em fase de atenção, o Brasil deve ter um crescimento econômico de 4%. “O País apresenta, historicamente, uma taxa de desemprego baixa. Atrelado a isso, a renda do trabalhador brasileiro está em crescimento e há expansão de crédito no País. A conjugação destes fatores permite maior acesso da população ao consumo”, explica o gestor do SIS, Douglas Luis Três.

Além disso, o mercado nacional apresenta boas oportunidades de investimento e o governo tem sido um aliado importante, por meio do Plano Brasil Maior, com ações de redução de impostos, desoneração de encargos e a redução dos custos de energia em 2013. Para o especialista, a aproximação de eventos importantes, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014, vai abrir ainda mais oportunidades de empregos e aquecer o consumo nacional.

Concorrentes internacionais

A melhoria da renda do consumidor brasileiro tem alterado as características de consumo das classes sociais. O consumidor está mais exigente e solicitando produtos diferenciados o que atrai concorrentes internacionais em todos os segmentos de mercado de vestuário. Porém, por outro lado, a desvalorização do real torna o produto nacional mais competitivo no mercado externo, pois deixa os produtos mais baratos para os compradores internacionais. Assim, abre oportunidade para enfrentar os concorrentes internacionais que se apresentam com preços mais elevados. “Neste sentido, é importante que a indústria de vestuário recupere nichos de mercado e prospecte novos mercados nacionais e internacionais”, avalia o gestor do SIS, Douglas Luis Três.

Para Marcondes da Silva Cândido, gerente da unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/SC, a palavra de ordem é investimento. “O setor de vestuário tem conseguido o apoio do Governo por meio de medidas para aumentar a competitividade nacional, mas os empresários também precisam fazer a lição de casa. O aumento da produtividade deve ser um dos objetivos dos empresários neste ano. Esse ponto é crucial para a sobrevivência do setor de vestuário brasileiro. Além disso, os empresários precisam desenvolver estratégias de valorização da marca, atuar em nichos específicos e inovar mais”. Nesse sentido, os empresários têm à disposição linhas de financiamento e agências de fomento, tais como o BNDES e o Finep.

Para ter acesso ao relatório completo é necessário se cadastrar no portal do SIS (www.sebrae-sc.com.br/sis).

Sobre o SIS

O projeto foi desenvolvido a partir da demanda dos empresários e atende os setores de vestuário, apicultura, calçados femininos, móveis de madeira, leite e sustentabilidade. Criado em 2007, o SIS tornou-se um verdadeiro aliado para o aumento da competitividade das empresas participantes. Uma equipe de profissionais multidisciplinar orienta todo o processo, e as informações, em forma de relatórios, ficam disponíveis no ambiente de disseminação do SIS, totalmente on-line e gratuito.

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