Projeto do Sebrae/SC incentiva os negócios sociais na Grande Florianópolis

A instituição pretende fomentar o setor e incentivar a inovação e a capacitação dos empresários

O Sebrae/SC está trabalhando em um projeto de incentivo aos negócios sociais que pretende fomentar o desenvolvimento desse setor em Santa Catarina. O projeto irá identificar os empreendedores de negócios sociais no Estado e qualificá-los com consultorias, capacitações, inovação e atividades de acesso à mercado.

“Todo o know how do Sebrae/SC é aplicado também para empresários dos negócios sociais. Iremos promover missões, rodadas de negócios, cursos, consultorias, palestras, oficinas e facilitar o acesso a eventos. Mas, para isso, precisamos identificar esses negócios no Estado. Muitas vezes esses empresários nem sabem que se enquadram nesse perfil”, afirma o Gestor do Projeto de Negócios Sociais no Sebrae/SC, Roberto Meneses .

São considerados negócios sociais toda e qualquer empresa que tenha características da iniciativa privada (2º setor), com viés em resultados e geração de lucros, aliadas ao 3º setor, porém com enfoque de sustentabilidade social e/ou ambiental. Por isso, muitas vezes os negócios sociais são chamados de setor 2,5 (dois e meio).

“Um negócio social visa o lucro como qualquer empresa, mas ele foi idealizado com caráter social e contribui para transformar a realidade da comunidade, geralmente  carente, onde está inserido. O propósito principal é o de fomentar a melhoria da economia da região, geralmente por meio da participação de membros dessa comunidade”, explica Roberto.

Algumas características são fundamentais para caracterizar um negócio social. A primeira e mais importante delas é que o negócio social precisa causar um impacto positivo na chamada base da pirâmide (Classes C, D e E). Isso pode ocorrer incluindo essas pessoas na cadeia produtiva do negócio ou atendendo-as como clientes.

O impacto social e/ou ambiental precisa se dar pela atividade principal da empresa. Além disso, a empresa deve ser criada a partir da identificação de um problema social que se procura minimizar. “É importante ressaltar que empresas tradicionais, assim como as Ong´s, que apresentam propostas que promovem ações sociais, de responsabilidade social, não são consideradas negócios sociais”, comenta Meneses.

Atualmente, o Sebrae/SC já fechou parceria com o ICom – Instituto Comunitário Grande Florianópolis, para a realização de assessorias focadas em negócios sociais que são realizadas no Centro de Apoio à Inovação Social (CAIS) e com o Social Good Brasil que promove laboratórios de formação de empreendedores que desejam abrir suas empresas com o caráter de negócio social. De acordo com Roberto, outras instituições como o Centro de Democratização da Informática – CDI e o Impact Hub, aceleradora na formação e apoio a negócios dessa natureza, estão participando no apoio ao trabalho do Sebrae/SC por meio de seus conhecimentos e ampla vivência nessa área.

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