Portonave e Prefeitura de Navegantes lançam Projeto de Recuperação e Proteção da Orla do município

O lançamento do Nossa Praia – Projeto de Recuperação e Proteção da Orla de Navegantes, uma parceria entre a Portonave S/A – Terminais Portuários de Navegantes e a Prefeitura de Navegantes, reuniu cerca de 70 pessoas, entre lideranças da comunidade, representantes do poder público e de órgãos ambientais. A iniciativa surgiu a partir do desenvolvimento de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) e do cumprimento de compensação ambiental pela ampliação do pátio de contêineres da empresa. Entre as ações do projeto estão a recuperação da vegetação de restinga, construção de um deck de madeira, reconstrução de dunas, delimitação de trilhas e urbanização da orla.

No lançamento, o prefeito Roberto Carlos de Souza fez o anúncio de R$ 3,1 milhões serão destinados pela prefeitura para revitalização e urbanização da orla, parte das atividades previstas para o “Nossa Praia”. Somando-se à contrapartida de R$ 3,8 milhões da Portonave, serão quase R$ 7 milhões investidos para dar uma cara nova aos quase 10 quilômetros de praias do município.

RECUPERAÇÃO E URBANIZAÇÃO

Os primeiros trabalhos de recuperação da restinga – com a retirada de estruturas de concreto e da vegetação exótica – já iniciam nas próximas semanas. A área total a ser recuperada é de 102 hectares – o equivalente a mais de 100 campos de futebol – o que leva o Nossa Praia a ser uma das maiores obras de recuperação de orla de praia urbana do Brasil. Uma das primeiras ações do projeto será a retirada de vestígios de construções irregulares e de plantas atípicas que estão na Área de Preservação Permanente (APP) que compõe a orla de Navegantes.

A reinserção de vegetação nativa da restinga acontece logo após a retirada das plantas exóticas e a estimativa é que sejam produzidas mais de 100 mil mudas nativas para o plantio. A substituição das plantas chamadas exóticas pelas originais resulta em uma série de benefícios, já que traz equilíbrio para a biodiversidade do ecossistema da restinga, controla a erosão na praia e protege a costa dos efeitos da maré. O projeto prevê também, quando necessário, a reconstrução de dunas frontais que, entre outras funções, são responsáveis pela proteção da praia.

A construção de um deck de madeira, que vai costear a orla e substituir o atual passeio de pedra existente no local, deve começar em março e, de acordo com o prefeito de Navegantes, a prefeitura deseja licitar a construção da ciclovia e iluminação da orla o mais breve possível, abrangendo o projeto como todo. “A nossa intenção é que em 60 dias possamos licitar essas obras e dar continuidade ao processo para que ocorram simultaneamente à construção do deck. Esse é um projeto que sonhávamos há algum tempo e estamos dando os encaminhamentos para que, em breve, tenhamos uma orla toda protegida e urbanizada sem esquecer nosso compromisso com o meio ambiente. Esse é o pensamento da prefeitura de Navegantes e da Portonave.”

O prefeito ainda destaca que o turismo na cidade deve se desenvolver com o projeto, “o Nossa Praia, ao mesmo tempo que fará a preservação da orla com a restinga e dunas recuperadas, terá a urbanização revitalizada com a construção do deck, ciclovia e nova iluminação. Com isso estamos buscando um turismo sustentável e permanente, que vai além da temporada de verão”, ressalta.

O diretor-superintendente administrativo da Portonave, Osmari de Castilho Ribas, afirma que o projeto irá tornar a praia ainda mais bonita e preservada para os navegantinos e turistas. “A Portonave acredita e trabalha com o desenvolvimento alinhado à sustentabilidade. Por isso, buscamos junto aos órgãos responsáveis para que os recursos dessa compensação fossem direcionados para ações efetivas em Navegantes”, comenta Castilho.
O projeto foi desenvolvido pela Acquaplan, consultoria ambiental especializada em gerenciamento ambiental, e tem a aprovação da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Navegantes (FUMAN) e da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma). A primeira etapa de trabalhos deve durar um ano. O monitoramento por parte da empresa se estenderá posteriormente por 36 meses.

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